BORGES, Maria Aparecida Quadros. BRAGA, Jezulino Lúcio Mendes. “O ensino de História nos anos iniciais do
Ensino Fundamental” (Professores do Centro Universitário do Leste de Minas
Gerais)
O
texto apresentado trata-se de uma resenha crítica reflexiva, desenvolvido por
Cláudio de Aguiar[1]
partindo da análise do texto “O ensino de História nos anos iniciais do Ensino
Fundamental”, de Maria Aparecida Quadro Borges e Jezulino Lúcio Mendes Braga,
na perspectiva de adquirir e construir conhecimento de como trabalhar com a
disciplina de História nesse nível de ensino, estendendo esse conhecimento para
a formação acadêmica e profissional do mesmo.
Correlacionando
os estudos de outras disciplinas desenvolvidas em sala de aula através de
discussões, debates e pesquisas à reflexão desenvolvida através da leitura do
texto anteriormente mencionado, podemos perceber que assim como a Educação
Brasileira, o ensino da disciplina História, sofreu os seus altos e baixos,
devido aos fortes interesses políticos e ideológicos da elite e do governo que
regia a sociedade brasileira no período em que a mesma foi implantada no Brasil
como disciplina escolar.
O texto de BORGES e BRAGA nos traz como idéia central a disciplina História como um campo de pesquisa e produção do saber, onde os alunos serão desenvolvidos como sujeitos conscientes, críticos e reflexivos e autônomos não só à prática da cidadania, como também em todo o contexto histórico da formação da sociedade brasileira em todos os seus aspectos. Segundo BRAGA e BORGES o principal objetivo no ensino de História é compreender e interpretar as várias versões do fato e não apenas memorizá-los. Esta afirmação dos autores foi um dos pontos do texto que mais mim chamou a atenção, durante a minha vivência no ensino fundamental e médio fui condicionado à um método de ensino onde aprender História era memorizar datas e fatos, transcrever o que estava no livro para o caderno, sem precisar refletir sobre o fato que estava em discussão para adquirir uma melhor compreensão da importância do mesmo para a formação social e cultural do país.
O texto de BORGES e BRAGA nos traz como idéia central a disciplina História como um campo de pesquisa e produção do saber, onde os alunos serão desenvolvidos como sujeitos conscientes, críticos e reflexivos e autônomos não só à prática da cidadania, como também em todo o contexto histórico da formação da sociedade brasileira em todos os seus aspectos. Segundo BRAGA e BORGES o principal objetivo no ensino de História é compreender e interpretar as várias versões do fato e não apenas memorizá-los. Esta afirmação dos autores foi um dos pontos do texto que mais mim chamou a atenção, durante a minha vivência no ensino fundamental e médio fui condicionado à um método de ensino onde aprender História era memorizar datas e fatos, transcrever o que estava no livro para o caderno, sem precisar refletir sobre o fato que estava em discussão para adquirir uma melhor compreensão da importância do mesmo para a formação social e cultural do país.
Não
diferente da Educação Brasileira, a História nacional teve seu modelo a ser
seguidos através da hierarquização de alguns fatos históricos considerados como
marcos fundadores da História do Brasil. De fato, essa hierarquização, essa
organização dos fatos, dos conteúdos a serem estudados pela a História não
deixaria de refletir sobre o currículo da escola. “A primeira condição para que
um ser possa assumir um ato comprometido está em ser capaz de agir e refletir” (FREIRE, 1979), é a partir
do agir e do refletir que o indivíduo começa a desenvolver o processo de
mudanças. Por tanto as escolas devem estar sempre atentas na construção do seu
currículo e nas particularidades de suas propostas curriculares.
Para
Tomaz Tadeu da Silva (1999), o currículo é considerado um artefato social e
cultural, não é um elemento inocente e neutro de transmissão desinteressada do
conhecimento social, não é um elemento transcendente e atemporal, ele tem uma
história, vinculada a formas específicas e contingentes de organização da
sociedade e da educação. Assim não é diferente com a História, ambas possuem
determinações sociais de sua história, de sua produção contextual, assim como o
currículo a História é um campo que está sempre em processo de formação,
construção e desconstrução e ambas devem estar abertas as novas mudanças
sociais e as necessidades exigidas pelas novas clientelas. Porém a História por
muito tempo não era vista desse jeito, sendo até mesmo substituída por outra
disciplina no currículo escolar.
Outro
fato interessante mencionado no texto é que por algum tempo a história não se
preocupava em trabalhar com as questões sociais, com os conflitos atuais
existente na sociedade brasileira, a história não era espaço para discussões
dos problemas brasileiros, fugindo totalmente da realidade do aluno vetando
toda a possibilidade de haver um convívio escolar. “O convívio escolar
refere-se a todas as relações e situações vividas nas escolas dentro e fora da
sala de aula, em que estão envolvidos direta ou indiretamente todos os sujeitos
da comunidade escolar[2]”.
Para
LIBÂNEO (1994), o professor deve ter
conhecimento das características sociais, culturais e individuais dos alunos,
bem como nível de preparo escolar em que se encontram. Conhecer as
possibilidades intelectuais dos alunos, seu nível de desenvolvimento, suas
condições prévias para o estudo de matérias novas, experiências da vida que
trazem. Daí a importância do diálogo perpétuo entre professor e aluno antes do
desenvolvimento de toda e que qualquer atividade. Sendo assim ensinar História
não é decorar datas e fatos históricos, mas, refletir sobre o mesmo,
substituindo o onde, o quem e o quando pelo o quê, pelo o porquê, e como
aconteceu, para que realmente aconteça uma aprendizagem significativa no qual
não somente nós enquanto educadores, como também o nosso educando possa
discutir sobre qualquer determinado fato de forma crítica e reflexiva, atuando
de forma ativa no exercício da cidadania em toda sociedade.
Referências:
SILVA, Tomaz Tadeu da.
- Documentos
de Identidade: uma introdução às teorias do Currículo / 3. Ed. - Belo Horizonte: Autêntica, 2009. 156p.
FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Prefácio de Moacir Gadotti e tradução de Lilian
Lopes Martin. Rio de Janeiro. Paz e Terra, 1979, 79 p.
LIBÂNEO,
José Carlos. Didática – São Paulo: Cortez, 1994, - (Coleção magistério. Série
formação do professor).
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