28 de junho de 2012

Como na primeira vez

Pai, tantas lutas e batalhas eu tenho enfrentado.
Pergunto-me, se de Ti tenho eu distanciado,
Senhor eu preciso voltar a sentir a tua presença
Ouvir a tua doce voz me chamando de filho,
Papai, me diz o que fazer, pois Tu és
Tudo que eu não posso e nem quero perder.
Abraça-me filho meu
Como na primeira vez
Em que você me conheceu
Corra ao meu encontro, para os braços meu.
Como uma criança corre ao encontro do seu pai
Pois eu te criei e te enviei
Confie em mim que te farei capaz
Descanse em mim
Espere em mim
Que eu vos darei a verdadeira paz.

Novo tempo

   
Este é o começo de um novo tempo
De um novo tempo, novo tempo com Deus.
Sonhos e desejos, histórias e realizações.
Este é um novo tempo
De uma nova unção
Tempo de dar e receber
Tempo de ouvir e obedecer
É chegado o tempo de se arrepender
Tempo de plantar e de colher
Tempo de buscar e de viver
As tuas promessas Senhor.

Tempo, tempo, tempo de obedecer.
Tempo, tempo, tempo de se arrepender.
Tempo, tempo, tempo que se abre pra mim.
Tempo, tempo, tempo de buscar mais de Ti
Este é o novo tempo de Deus para mim.

Tempo de plantar e de colher
Tempo de buscar e viver
As tuas promessas Senhor

Tempo de ouvir e obedecer
Tempo de se humilhar e se arrepender
É tempo de abrir os olhos
Pra ver o sobrenatural de Deus acontecer.


Pelo toque das tuas mãos

    
                                                                          
Senhor, já estive mais perto de Ti
Longe não quero mais ficar
Estar contigo é bem melhor
Senhor leva-me de volta
Para o seu caminhar
Chega de tantos porquês,
Quero está com você
Hoje eu decidi recomeçar.
Pai, com o toque de tuas mãos
Eu vi o mar se abrir
Eu vi gigantes e muralhas caírem
Se até tuas vestes tem poder para curar, mim diz ó Senhor
O que Tu não podes transformar?
Quero ser um vaso em tuas mãos
Moldado, pelo toque das tuas mãos.
Restaurado, pelo toque das tuas mãos, por teu poder.
Quero ser um vaso em tuas mãos
Moldado, pelo toque das tuas
Transformado, pelo toque das tuas mãos.
Por tua unção      
Não posso mais viver longe de ti
Eu quero é estar junto a Ti
A tua presença me leva aos altos lugares
Está contigo é bem melhor
Quero ser um vaso em tuas mãos
Moldado, pelo toque das tuas mãos
Restaurado, pelo toque das tuas mãos
Por teu poder
Quero ser um vaso em tuas mãos
Moldado, pelo toque das tuas
Transformado, pelo toque das tuas mãos.
Por tua unção.
 

27 de junho de 2012

A todo instante.

Antes do sol se pôr e a lua renascer,
Correrei para Ti.
Antes da noite ao final chegar e o novo dia o relógio anunciar,
Correrei para Ti.
Correrei para Ti a todo instante,
Correrei para Ti e não descansarei
Em nenhum instante.
É assim que eu devo seguir,
É assim que eu preciso ir,
Correndo para Ti Senhor Jesus.
Não quero Ti encontrar só uma vez,
Quero Ti encontrar e reencontrar
A todo instante do meu viver,
Por que sempre vale apena Ti encontrar
Outra vez.

Saudades de ti

Hoje acordei com saudades de você
Com saudade dos nossos encontros
Do teu abraço, das nossas conversas.
De ouvir a tua voz dizendo: Filho eis me aqui
Mas quantas saudades eu senti
E nada conseguiu te substituir
Nem o lindo sol da manhã, nem o azul do céu
Nem o canto dos pássaros, nem o doce do mel
Nada conseguiu preencher, esse vazio,
Essa saudade de você
Saudade que eu nem sei como dizer
Com lápis e caderno na mão, tentei descrever,
A minha saudade em forma de poesia ou de canção
Ó Senhor! Quanta saudade de Ti
Saudade do dia que em ti eu me envolvi
Tenho saudades de Ti
Saudade do dia em que decidi te seguir
Saudades do primeiro amor
Saudade do dia em que tudo começou
Tenho saudades de ti, saudades de ti meu Senhor...
Saudades, saudades, saudades de ti Senhor Jesus
Tenho saudades de ti.

24 de junho de 2012

AMOR ESTRANGEIRO

Ó mar, o seu perfume enche-me de esperança
Quando venho te encontrar,
Sentado estou num cais à beira mar
Ouvindo o som do vento que vem anunciar
Que o meu bem está pra chegar.
O vento que sopra as velas dos barcos
Que estão em alto mar é o mesmo que anuncia nesta
Hora que o meu amor perto já está.
Não sei de onde vem, mais sei que não é deste lugar,
O vento diz que meu amor é estrangeiro e que nos teus braços devo lançar-me.
Ó mar, deixarei o vento levar-me ao encontro do meu bem, que vai fazer-me sonhar, que vai ensinar-me um novo jeito de amar,
Conhecerei um amor que em uma só língua não se limitará,
Pois o meu amor é estrangeiro, ele não é desse lugar,
Mas o sentimento que irá nascer entre nós será verdadeiro,
Por isso a língua materna não nos impedirá de nos amar.
Meu querido mar deve-me neste exato momento abençoar,
Pois acaba de desembarcar no porto do meu coração aquele que o vento acabara de anunciar,
O amor estrangeiro que tão distante estava neste exato momento de mãos dadas comigo está.
Ó mar, quero despedir-me de ti,
O meu amor agora devo acompanhar,
Grande será o oceano que irá nos afastar,
Mas, o mesmo vento que trouxe o meu bem fará com que venhamos novamente nos encontrar.
O vento está soprando as velas dos barcos que estão sobre o alto mar
E eu sobre as nuvens do céu estou com meu bem a observar,
Esse mesmo vento que um dia aí no cais à beira mar venho anunciar
Que o meu amor é estrangeiro, mim diz que enquanto houver dia e noite,
Sol e mar, sempre iremos nos amar.
Isso não é conto de fadas, nem rimas de sertanejos, é um amor estrangeiro gerado no solo brasileiro.

Meu mestre, meu Senhor

Deus...
Coloco-me diante de Ti
Diante da Tua presença em oração.
Coloco a minha vida diante do Teu altar
E como prova do meu amor por Ti
Te dou o meu coração
Para que ele seja limpo,
Para que ele seja reto,
Para que ele seja movido,
Curado, restaurado pelo Teu Santo Espírito
Quero poder está contigo face a face
Contemplar a Tua glória
E dizer que te adoro
Meu mestre meu senhor.


Filho da fé

Tentaram mim parar
Mas eu prossegui
Tentaram mim calar
Mas eu clamei
Tentaram frustrar os meus sonhos
Mas em Ti confiei
O que podes acontecer
Com aqueles que confiam em Deus?
Ainda que mil, dez mil caiam ao meu lado
Eu não temerei
Por que em Ti depositei a minha confiança
Por que em Ti é gerada a minha fé.
Fé para derrubar muralhas
Fé para vencer gigantes
Fé para andar sobre águas
Fé para ver o inferno cair
Eu tenho fé, eu vivo pela fé
Sou servo do Deus vivo
Aquele que faz do meu sonho algo possível,
Pelo toque sobrenatural da Fé
Eu tenho fé, eu sou da fé, sou filho da fé.

Sonhei, acreditei e Deus tornou real...

Dia da realização de um sonho o qual um dia foi frustrado, mas, como se tratava de um sonho primeiro gerado no coração de Deus para a minha vida, ele tornou-se real. Por isso atribuo toda honra, glória e louvor desta conquista, desta vitória em minha vida ao Santo Deus de Israel, o autor e consumador de todas as coisas em minha vida.


23 de junho de 2012

Conversando com Deus

Senhor Jesus...
Como é bom te servir, ter comunhão com o Teu Santo Espírito. Antes de qualquer palavra quero te agradecer pelo dom da vida,
Pela oportunidade concedida de está compartilhando mais este dia em tua presença com a minha família, com os meus amigos... Deus, perdoe as minhas fraquezas, as minhas transgressões... Torna-me uma pessoa íntegra a cada dia com um cráter formado por Teu Santo Espírito.
Espírito Santo, Te louvo e te exalto por ser o meu fiel amigo, obrigado pela tua fidelidade e por ser real em minha vida, quero a cada está em comunhão contigo, por isso ensina-me a ser teu amigo, a ter comunhão contigo,
Dá-me fome e sede da Tua palavra e da tua presença. Toma-me pela mão e ensina-me a fazer tão somente a tua vontade. Tome em tuas mãos todos os enfermos, todos que estão presos nas cadeias físicas e espírituais, toma todos aqueles que estão sem esperança de viverem um novo amanhancer...
Toma em tuas mãos a minha família e todas as famílias de todas as nações da terra... que cada uma delas passem pelo tempo da tua visitação e que elas sejam alcançadas pela tua justiça, pela tua graça, pela tua palavra que é uma palavra de salvação e libertação. Toma Senhor em tuas mãos a nossa nação... Sara a nossa terra, que o Brasil não seja mais conhecida como terra da corrupção, mas, como terra de um povo temente ao Deus vivo, como terra santa, limpa, separada... Terra cujo Deus é o Senhor! Toma em tuas mãos aqueles que se tem colocados como os nossos inimigos, a eles sejam dados os teus desígnios... Tome em tuas mãos os meus amigos, que cada um deles possa viver o melhor desta terra através de Ti e que juntos venhamos alcançar os lugares altos proporcionados por Ti Senhor meu Deus, meu Pai eterno...
Desde já te agradeço, te louvo e te exalto em nome do Senhor Jesus, amém!

Resenha: Caminhos do ensino de ciências no Brasil


KRASILCHIK, Myriam. Caminhos do ensino de ciências no Brasil. In: Em Aberto. Enfoque: Qual é a questão? Brasília, ano 11; n° 55 Jul/Set, 1992. (4 a 8).

Por: Cláudio de Aguiar[1]

O presente texto trata-se de uma resenha crítica e reflexiva, partindo da leitura do texto “Caminhos do Ensino de Ciências no Brasil” de Myriam Krasilchik, o qual será aqui discutido e relacionado com outros conhecimentos adquiridos e construídos pelo autor enquanto educando ao longo da sua formação acadêmica e, também aprofundado com pensamentos de outros autores e bibliografias reconhecidos pelo mundo acadêmico.
O texto de Krasilchik (Caminhos do Ensino de Ciências no Brasil) traz uma reflexão sobre as inovações e tentativas de melhoramento do ensino de ciências não só no Brasil, mas também em outros países em que o mesmo se relaciona e como isso tem afetado o currículo educacional não só da ciência, mas, também de todas as outras disciplinas científicas. Afetando ainda outros níveis de escolaridade como escola básica primária e cursos universitários, além de atingir vários tipos de instituições, dentre elas, organizações de escopo internacional como a UNESCO e a OEA, Ministério de Educação e Ciências e Secretarias de Educação de Estados e Municípios de vários países em diferentes regiões do mundo.

Além de abordar diversas questões a autora traz como idéia central a necessidade de reformulação no ensino de ciências, para que de fato ocorra a educação em ciência para todos e não para uma elite, educação essa, no qual através da ciência o educando possa aprender a exercer a cidadania e, que ele seja capaz de opinar e agir, que seja oferecido a ele (o educando) um ensino no qual o professor venha prepará-lo para também participar dos processos decisórios relativos ao desenvolvimento científico e tecnológico da comunidade em que ele atua. E isso requer uma reformulação, uma revisão mais aprofundada no currículo educacional do ensino de ciências sem medo de ser contestado.

Pois, para Tomaz Tadeu da Silva (2009), o currículo não é o veículo de algo a ser transmitido e passivamente absorvido, mas o terreno em que ativamente se criará e produzirá cultura. O currículo é, assim, um terreno de produção e de política cultural, no qual os materiais existentes funcionam como matéria-prima de criação, recriação e, sobretudo, de contestação e transgressão.
Uma questão que chamou muito a minha atenção no texto de Krasilchik está relacionada a formação do professor, que não são preparados da melhor forma,  e, sabemos o quanto é necessário que se forme taç profissional com autonomia para planejar e com competência para agir de acordo com suas convicções, que sejam críticos suficiente para fazer uma análise pessoal sobre o valor educacional e sobre o potencial pedagógico das propostas inovadoras. E que o mesmo não deixe de buscar a cada dia o aperfeiçoamento da sua formação e atualização dos seus conhecimentos.

Para Paulo Freire (1996), o professor que não leva a sério a sua formação, que não estuda, que não se esforça para estar à altura de sua tarefa não tem força moral para coordenar as atividades de sua classe. Ainda citando FREIRE (1996), ensinar exige compreender que educação é uma forma de intervenção no mundo. E isso, é o que todo educador dever ter internalizado dentro de si.    
Após a leitura do texto de Krasilchik e fazendo uma correlação com os pensamentos de outros autores, alguns dele aqui mencionado. Passo a compreender que, tratando-se de ensinar Ciências, devemos sempre refletir sobre o que diz os Parâmetros Curriculares Nacionais de Ciências Naturais (PCN):

É importante que se supere a postura “cientificista” que levou durante muito tempo a considerar-se ensino de Ciências como sinônimo da descrição de seu instrumental teórico ou experimental, divorciado da reflexão sobre o significado ético dos conteúdos desenvolvidos no interior da Ciência e suas relações com o mundo do trabalho. É também fazer com que o aluno tenha a capacidade de identificar relações entre conhecimentos científicos, produção de tecnologia e condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica. (PARÂMETROS CURRICULARES DE CIÊNCIAS NATURAIS, 1997, p. 22)



Diante do exposto, não restam dúvidas de que a Ciência é uma disciplina interdisciplinar, portanto, os seus conteúdos não podem ser tratados como assuntos isolados. E que nós como educadores devemos está acompanhando as tendências pedagógicas sim, mas com responsabilidade e domínio da mesma, para que isso venha refletir no educando não de forma negativa, mas de forma positiva para que o mesmo possa fazer uso disso para toda vida.
Pois, assim como o conhecimento está para além dos muros da escola, assim está o estudo da ciência. O professor deve libertar-se do velho paradigma de que ciência só se compreende nos velhos laboratórios das escolas ou na sala de aula e que a mesma não está atrelada com a matemática, com a língua portuguesa e com as demais disciplinas.



Referências:

SILVA, Tomaz Tadeu da. - Documentos de Identidade: uma introdução às teorias do Currículo / 3. Ed. - Belo Horizonte: Autêntica, 2009. 156p.

FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Prefácio de Moacir Gadotti e tradução de Lilian Lopes Martin. Rio de Janeiro. Paz e Terra, 1979, 79 p.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa/ Paulo Freire. – São Paulo: Paz e Terra, 1996 (Coleção Leitura).

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: ciências naturais / Secretaria de Educação Fundamental. - Brasília: Mec. SEF. 1997. 136p.









[1] Licenciando em Pedagogia da Faculdade Dom Pedro II. cauaguiargadita@hotmail.com

Resenha: O ensino de História nos anos iniciais do Ensino Fundamental


BORGES, Maria Aparecida Quadros. BRAGA, Jezulino Lúcio Mendes. “O ensino de História nos anos iniciais do Ensino Fundamental” (Professores do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais)

O texto apresentado trata-se de uma resenha crítica reflexiva, desenvolvido por Cláudio de Aguiar[1] partindo da análise do texto “O ensino de História nos anos iniciais do Ensino Fundamental”, de Maria Aparecida Quadro Borges e Jezulino Lúcio Mendes Braga, na perspectiva de adquirir e construir conhecimento de como trabalhar com a disciplina de História nesse nível de ensino, estendendo esse conhecimento para a formação acadêmica e profissional do mesmo.

Correlacionando os estudos de outras disciplinas desenvolvidas em sala de aula através de discussões, debates e pesquisas à reflexão desenvolvida através da leitura do texto anteriormente mencionado, podemos perceber que assim como a Educação Brasileira, o ensino da disciplina História, sofreu os seus altos e baixos, devido aos fortes interesses políticos e ideológicos da elite e do governo que regia a sociedade brasileira no período em que a mesma foi implantada no Brasil como disciplina escolar.

O texto de BORGES e BRAGA nos traz como idéia central a disciplina História como um campo de pesquisa e produção do saber, onde os alunos serão desenvolvidos como sujeitos conscientes, críticos e reflexivos e autônomos não só à prática da cidadania, como também em todo o contexto histórico da formação da sociedade brasileira em todos os seus aspectos. Segundo BRAGA e BORGES o principal objetivo no ensino de História é compreender e interpretar as várias versões do fato e não apenas memorizá-los. Esta afirmação dos autores foi um dos pontos do texto que mais mim chamou a atenção, durante a minha vivência no ensino fundamental e médio fui condicionado à um método de ensino onde aprender História era memorizar datas e fatos, transcrever o que estava no livro para o caderno, sem precisar refletir sobre o fato que estava em discussão  para adquirir uma melhor compreensão da importância do mesmo para a formação social e cultural do país.

Não diferente da Educação Brasileira, a História nacional teve seu modelo a ser seguidos através da hierarquização de alguns fatos históricos considerados como marcos fundadores da História do Brasil. De fato, essa hierarquização, essa organização dos fatos, dos conteúdos a serem estudados pela a História não deixaria de refletir sobre o currículo da escola. “A primeira condição para que um ser possa assumir um ato comprometido está em ser capaz de agir e refletir” (FREIRE, 1979), é a partir do agir e do refletir que o indivíduo começa a desenvolver o processo de mudanças. Por tanto as escolas devem estar sempre atentas na construção do seu currículo e nas particularidades de suas propostas curriculares.

Para Tomaz Tadeu da Silva (1999), o currículo é considerado um artefato social e cultural, não é um elemento inocente e neutro de transmissão desinteressada do conhecimento social, não é um elemento transcendente e atemporal, ele tem uma história, vinculada a formas específicas e contingentes de organização da sociedade e da educação. Assim não é diferente com a História, ambas possuem determinações sociais de sua história, de sua produção contextual, assim como o currículo a História é um campo que está sempre em processo de formação, construção e desconstrução e ambas devem estar abertas as novas mudanças sociais e as necessidades exigidas pelas novas clientelas. Porém a História por muito tempo não era vista desse jeito, sendo até mesmo substituída por outra disciplina no currículo escolar.

Outro fato interessante mencionado no texto é que por algum tempo a história não se preocupava em trabalhar com as questões sociais, com os conflitos atuais existente na sociedade brasileira, a história não era espaço para discussões dos problemas brasileiros, fugindo totalmente da realidade do aluno vetando toda a possibilidade de haver um convívio escolar. “O convívio escolar refere-se a todas as relações e situações vividas nas escolas dentro e fora da sala de aula, em que estão envolvidos direta ou indiretamente todos os sujeitos da comunidade escolar[2]”.

Para LIBÂNEO (1994), o professor deve ter conhecimento das características sociais, culturais e individuais dos alunos, bem como nível de preparo escolar em que se encontram. Conhecer as possibilidades intelectuais dos alunos, seu nível de desenvolvimento, suas condições prévias para o estudo de matérias novas, experiências da vida que trazem. Daí a importância do diálogo perpétuo entre professor e aluno antes do desenvolvimento de toda e que qualquer atividade. Sendo assim ensinar História não é decorar datas e fatos históricos, mas, refletir sobre o mesmo, substituindo o onde, o quem e o quando pelo o quê, pelo o porquê, e como aconteceu, para que realmente aconteça uma aprendizagem significativa no qual não somente nós enquanto educadores, como também o nosso educando possa discutir sobre qualquer determinado fato de forma crítica e reflexiva, atuando de forma ativa no exercício da cidadania em toda sociedade.

   

Referências:

SILVA, Tomaz Tadeu da. -  Documentos de Identidade: uma introdução às teorias do Currículo / 3. Ed. - Belo Horizonte: Autêntica, 2009. 156p.

FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Prefácio de Moacir Gadotti e tradução de Lilian Lopes Martin. Rio de Janeiro. Paz e Terra, 1979, 79 p.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática – São Paulo: Cortez, 1994, - (Coleção magistério. Série formação do professor).





[1] Licenciando em Pedagogia da Faculdade Dom Pedro II. cauaguiargadita@hotmail.com
[2] BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Apresentação dos tema transversais e ética. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: Mec. SEF. 2001. P50.


22 de junho de 2012

Resenha: Aprendendo a ler o mundo...


CALLAI, Helena Copetti. Aprendendo a ler o mundo: A Geografia nos anos iniciais do Ensino Fundamental.

Por: Cláudio de Aguiar[1]



O presente texto trata-se de uma resenha crítica e reflexiva, tendo como ponto de partida a leitura do artigo “Aprendendo a ler o mundo: A Geografia nos anos iniciais do Ensino Fundamental” de Helena Copetti Callai, que tem como idéia central a importância de se aprender Geografia nas séries iniciais do ensino fundamental, a partir da leitura do mundo, da vida e do espaço vivido. Com o objetivo de adquirir e construir conhecimento de como trabalhar a leitura de mundo com a disciplina de Geografia nesse nível de ensino, estendendo esse conhecimento para a formação acadêmica e profissional do mesmo.

Atualmente, mesmo com todos os avanços tecnológicos, ainda é comum ver professores não só das séries inicias do ensino fundamental, mas, também de outro nível de ensino sem apoio técnico e teórico e que ainda continuam, de modo geral, a ensinar Geografia apoiando-se apenas na descrição dos fatos e ancorando-se quase exclusivamente no livro didático. E isso nos faz refletir sobre a qualidade de ensino que está sendo oferecidas nas escolas referentes à disciplina aqui discutida (a Geografia). No entanto arrisco-me a fazer as seguintes indagações: quem hoje sabe utilizar o mapa do bairro em que mora? Quem foi alfabetizado fazendo leitura de mundo através da Geografia? Por que será que isso não aconteceu ou não acontece?
Podemos perceber que mesmo sendo uma disciplina interdisciplinar a Geografia durante muito tempo nos currículos escolares vem sendo apresentada como uma disciplina dualista, onde o trabalho social não interage com o trabalho natural, ou seja, sociedade e natureza não pode se juntar, desconsiderando toda a possibilidade de conhecer e entender o espaço geográfico. Para os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) o estudo da sociedade e da natureza deve ser realizado de forma conjunta. Mas essa não é questão a ser discutida e sim a leitura de mundo. Citando o PCN,

O trabalho com leitura em si, tem como finalidade a formação de leitores competentes e, consequentemente, a formação de escritores, pois a possibilidade de produzir textos eficazes tem sua origem na prática de leitura, espaço construção de intertextualidade e fonte de referências modelizadoras. (PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS DE LÍNGUA PORTUGESA, p.40)


Diante desta ideia, o que mais despertou a minha atenção no artigo de Callai é quando a autora diz que “a leitura de mundo é fundamental para que todos nós, que vivemos em sociedade, possamos exercitar a cidadania”. E esse é o grande objetivo da Geografia fazer com que o aluno se torne um cidadão crítico e reflexivo a partir de uma educação voltada para o saber e para o pensar. Com base na leitura do artigo de Callai, passamos compreender que fazer leitura de mundo não é fazer uma leitura apenas do mapa, ou pelo mapa, embora ele seja muito importante. É também fazer leitura do mundo da vida, construídos cotidianamente. Porém ler o mundo da vida é reconhecer a sua dinamicidade superando o que está posto como verdade absoluta. É de suma importância que o educando saiba fazer a leitura de mundo, como foi dito anteriormente, a leitura de mundo o levará a exercitar a cidadania. E, exercer a cidadania fará com que esse aluno, que ele próprio se sinta parte integrante do ambiente e também agente ativo e passivo das transformações da sociedade na qual está inserido. Ainda citando o PCN,


[...] os professores precisam também desenvolver-se como profissionais e como sujeitos críticos na realidade em que estão, isto é, precisam poder situar-se como educadores e como cidadãos e, como tais, participantes do processo de construção da cidadania, de reconhecimento de seus direitos e deveres de valorização profissional. (PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS / APRESENTAÇÃO DOS TEMAS TRANSVERSAIS, 2001, p. 31)


Encaminhar o aluno para aprender a ler o mundo é também papel fundamental da Geografia. Por isso, cabe ao professor criar oportunidades de aprendizagem que leve o seu educando a desenvolver essa habilidade, pois os mesmos não chegam à escola meramente vazias como se pensava antigamente, pois as mesmas já chegam às instituições de ensino fazendo a leitura da vida. Portanto, nós como educadores precisamos a cada dia está acompanhado as mudanças que vem ocorrendo na prática docente e pedagógica das escolas, segundo Paulo Freire (200, p 81) “mudar é difícil mais é possível”. É, a partir deste saber fundamental que vamos programar nossa ação política pedagógica, não importa se o projeto com o qual nos comprometemos é de alfabetização de adultos ou de crianças, se de ação sanitária, se de evangelização, se de formação de mão-de-obra técnica. O êxito de um educador está centralizado na certeza que é possível e preciso mudar.
Tratando-se do ensino de Geografia nas séries iniciais do Ensino Fundamental as mudanças devem ocorrer principalmente na prática pedagógica do professor, o mesmo deve respeitar os conhecimentos prévios dos seus alunos, levá-los a refletir sobre o que está mais próximo da tua realidade. Para LIBÂNEO (1994), o professor deve ter conhecimento das características sociais, culturais e individuais dos alunos, bem como nível de preparo escolar em que se encontram. Daí a importância do diálogo entre professor e aluno antes da atividade a ser desenvolvida.
Então, por que não começar o estudo dos mapas a partir do mapa do bairro em que eles estão inseridos até chegar ao mapa mundial? Estudar as mudanças climáticas a partir do ambiente natural em que ele convive? Por que não estudar as questões sociais, econômicas e políticas a partir de uma temática que está ligada a uma necessidade local da sua própria comunidade? Ler o mundo não é fantasiar, é fazer a criança refletir sobre o que é real em tua vida e que isso lhe traga uma aprendizagem significativa para que eles possam levar consigo para toda vida. Porém isso também requer uma reforma curricular. Para Tomaz Tadeu da Silva (1999), o currículo é considerado um artefato social e cultural, não é um elemento inocente e neutro de transmissão desinteressada do conhecimento social, não é um elemento transcendente e atemporal, ele tem uma história, vinculada a formas específicas e contingentes de organização da sociedade e da educação.
Assim não é diferente com a Geografia, ambas possuem determinações sociais de sua história, de sua produção contextual, assim como o currículo a Geografia é um campo que está sempre em processo de formação, construção e desconstrução e ambas devem estar abertas as novas mudanças sociais e as necessidades exigidas pelas novas clientelas. Agora após ter refletido a partir da leitura do artigo de Callai e, ter feito uma breve leitura no PCN de Geografia, passamos a ter uma melhor compreensão com relação ao ensino da disciplina Geografia e da importância da leitura de mundo a partir da mesma. Compreendemos que ensinar Geografia não é decorar conceitos de relevo, pontos cardeais e outros, mas, refletir sobre o mesmo, substituindo “o que é” para o “como e por que acontece”. Para que realmente aconteça uma aprendizagem significativa no qual não somente o educador, mas também o educando possa discutir sobre um determinado fato de forma crítica e reflexiva, atuando de forma ativa e não passiva no exercício da cidadania.



Referências:

SILVA, Tomaz Tadeu da. -  Documentos de Identidade: uma introdução às teorias do Currículo / 3. Ed. - Belo Horizonte: Autêntica, 2009. 156p.

FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Prefácio de Moacir Gadotti e tradução de Lilian Lopes Martin. Rio de Janeiro. Paz e Terra, 1979, 79 p.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática – São Paulo: Cortez, 1994, - (Coleção magistério. Série formação do professor).

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Apresentação dos tema transversais e ética. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: Mec. SEF. 2001; 52P.

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Língua portuguesa. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/ SEF, 1997; 144p

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: História, geografia. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997; 166P.





[1] Licenciado em Pedagogia da Faculdade Dom Pedro II. cauaguiargadita@hotmail.com

Brasil de quem será


Olá! Posso me apresentar?
Meu nome é Brasil,
Sobrenome, de quem será.
Meu ritmo é bamba, sou uma terra santa,
Meu DNA é essa gente bonita, de uma simples grandeza que nos encanta.
Zoom! Zoom! Zoom! Chuá! Chuá!
Nem sempre as batidas da minha vida são feitas para dançar.
Menino homem, menina mulher,
Crianças na escola ou na rua vendendo balas e picolé.
Respeito, educação, meus filhos já não tem mais não,
Hoje, o seu brinquedo preferido tem sido uma arma na mão.
Menino homem, menina mulher,
Brasil! De quem será? Quem ele é?
Lá vou eu caminhar, no meio da estrada olha só quem está!
Bom dia senhor morto, por favor, não venha me indagar!
Só quero a minha caminhada poder continuar.
Tudo bem! Pode passar! Não estou aqui para te atrapalhar,
Só não esqueça meu filho! Que a minha vida foi ceifada,
Quando eu estava indo trabalhar.
Brasil! Brasil!
Quem é que está a me chamar?
Sou eu, a paz, só quero saber quando juntos vamos estar,
Pois a dor que te sufoca, só o meu amor pode arrancar.
Menino homem, menina mulher,
Brasil! País de todos?
Finalmente, de quem será? Quem ele é?

Brasil de quem será
Autor: Cláudio Aguiar
Criada em: 22 de julho de 2008.