DISCURSO
DO ORADOR – FACULDADE DOM PEDRO II
TURMA
DE PEDAGOGIA 2011.2
Boa noite a todos e a todas!
“Grandes coisas fez o
Senhor por nós, por isso estamos alegres!”
(Salmos 126:03)
Definir em palavras a tamanha felicidade a qual estamos sentindo
nesta noite memorável para todos nós, e este nós inclui a faculdade Dom Pedro
Segundo, nós formandos, nossos familiares, professores e amigos, seriam
necessárias milhares de milhares de palavras. Mas, caminhando pelo mundo das
palavras encontrei uma que melhor a define, esta palavra é: IN-DI-ZÍ-VEL! Indizível
não no sentido de ser indescritível ou algo que não possa ser dito, mas pelo
sentido de ser imensurável esta felicidade.
Sei que meus caros colegas não iriam estranhar se eu agora
recitasse uma poesia para contar um pouco sobre a nossa caminhada, mas hoje
farei diferente, permitirei que a narrativa deslanche através das palavras toda
a emoção deste lindo sonho que após quase quatro anos em processo de
consolidação está sendo realizado.
13 de agosto de 2008, dia da nossa chegada à faculdade, todos
apreensivos, inseguros, alguns com a cara de paisagem tentando esconder o medo
atrás de um sorriso tímido. Foi assim, exatamente desse jeito que chegamos. Com
o passar do tempo, fomos nos conhecendo, nos familiarizando.
Passamos a construir e compartilhar sonhos e projetos um com o
outro. Nos tornamos tão íntimos que até os nossos problemas passamos a
compartilhar. As brigas? Há se não houvesse brigas, talvez não fossemos tão
unidos, talvez não nos tornaríamos esta família chamada TURMA MARA!
Turma Mara, como defini-la? Uma turma cheia de especificidades,
mesmo sendo 35 pedagogos, cada um tem suas características próprias. Se hoje eu
pudesse mudar o nome da nossa turma, eu mudaria para DIAMANTES! Não pelo fato
de sermos uma pedra bruta, mas, por possuirmos semelhantes características,
dentre elas a DIVERSIDADE.
O diamante antes de se tornar um diamante, primeiro ele precisa
ser carbono, assim é o pedagogo, antes de tornar-se tal profissional é
necessário que ele seja um educando da pedagogia.
Depois esse carbono passa por um processo de cristalização para
se tornar um diamante. Com o educando da pedagogia não é diferente, o mesmo
também passa pelo processo de cristalização, denominado como FORMAÇÃO.
Os
diamantes são formados quando seus átomos de carbono são submetidos a pressões
e temperaturas elevadíssimas que ocorrem na camada litosférica da terra que se
encontra a aproximadamente 150.000km abaixo da superfície do globo.
E
quantas vezes cada formando aqui presente, sentiu-se como um diamante durante o
processo de formação. As pressões que colocávamos em nós mesmo nos dias de
seminários, de provas, principalmente nas semanas dos estágios supervisionados!
Nossa! A temperatura ficava elevadíssima!
O diamante pelo seu grau de dureza é usado para diversos
propósitos: cortar ferro e aço, serrar pedras, polir, moer e raspar diversos
tipos de instrumentos, etc.
Quem
de nós aqui, durante a nossa formação acadêmica não teve que cortar os ferros,
os aços e principalmente serrar as pedras que surgiram durante a nossa
caminhada? Polir, moer e raspar diversos tipos de instrumentos, principalmente
aqueles que carregávamos conosco preso aos velhos ranços, aos velhos
paradigmas?
Cortar e polir um diamante bruto de tamanho grande pode levar um
ano. O especialista precisa de extrema paciência, arte, e nervos de aço. Cada
diamante tem suas próprias peculiaridades.
E
quanto a nós, será que há alguma diferença? Nossos caros professores que os
digam! Afinal levamos quase quatro anos para sermos “cortados e polidos”!
Somente um diamante pode cortar outro, porque não existe
substância mais dura que o diamante. Uma batida no lugar errado poderia partir
o diamante em pedaços. Os diamantes começaram a
adquirir valor em função de sua extrema dureza e também por sua incrível
habilidade de refletir luz e entalhar metal.
Assim
foi com cada um da turma Mara, foram formados por outros pedagogos, por que só
um pedagogo saberá formar outro pedagogo. Pois uma batida num lugar errado
durante a lapidação poderia perder todo o trabalho desenvolvido.
Por que consideramos esta turma um “diamante”?
Porque assim como os diamantes possuímos qualidades naturais;
Somos duros e determinado (um povo que não se dobra diante das dificuldades), e
inconquistável, indesistíveis na nossa profunda crença interior de que podemos
transformar a nossa nação através do nosso profissionalismo por meio da
educação.
Assim como um diamante é bruto e opaco quando retirado da terra,
e somente após ser lavado, raspado e polido emerge o verdadeiro
"diamante". Assim foi com cada um da Turma Mara. As nossas boas
qualidades um dia estiveram ocultas em nosso âmago, sob uma camada de
"lama" que precisava ser lavada e limpa, até que nos tornássemos esta
joia preciosa que hoje somos.
Há também em cada um de nós, muita paciência, amor e brilho.
Muito brilho, para fazer surgir aquilo que há de bom no outro. Só é necessário
cada um de nós atingirmos o "ponto" certo.
Diferente do que se pensou durante anos, os diamantes não são
eternos, pois o carbono definha com o tempo, mas os diamantes
duram mais que qualquer ser humano. Conosco não
será diferente, enquanto existir o ato de ensinar e aprender, o pedagogo
existirá.
Gostaríamos de considerar este discurso falando que hoje, mesmo
com todos esses percalços sociais, a
sociedade brasileira está ganhando novos e raros diamantes. Pois somos
pedagogos e pedagogas do futuro. Não temos um passado, e sim uma história. Por
isso fazemos do presente suprimento para o futuro o qual já estamos vivendo.
Muito obrigado!