15 de julho de 2012

TURMA MARA - DIAMANTES


DISCURSO DO ORADOR – FACULDADE DOM PEDRO II

TURMA DE PEDAGOGIA 2011.2




Boa noite a todos e a todas!



“Grandes coisas fez o Senhor por nós, por isso estamos alegres!”

(Salmos 126:03)



Definir em palavras a tamanha felicidade a qual estamos sentindo nesta noite memorável para todos nós, e este nós inclui a faculdade Dom Pedro Segundo, nós formandos, nossos familiares, professores e amigos, seriam necessárias milhares de milhares de palavras. Mas, caminhando pelo mundo das palavras encontrei uma que melhor a define, esta palavra é: IN-DI-ZÍ-VEL! Indizível não no sentido de ser indescritível ou algo que não possa ser dito, mas pelo sentido de ser imensurável esta felicidade.

Sei que meus caros colegas não iriam estranhar se eu agora recitasse uma poesia para contar um pouco sobre a nossa caminhada, mas hoje farei diferente, permitirei que a narrativa deslanche através das palavras toda a emoção deste lindo sonho que após quase quatro anos em processo de consolidação está sendo realizado.

13 de agosto de 2008, dia da nossa chegada à faculdade, todos apreensivos, inseguros, alguns com a cara de paisagem tentando esconder o medo atrás de um sorriso tímido. Foi assim, exatamente desse jeito que chegamos. Com o passar do tempo, fomos nos conhecendo, nos familiarizando.

Passamos a construir e compartilhar sonhos e projetos um com o outro. Nos tornamos tão íntimos que até os nossos problemas passamos a compartilhar. As brigas? Há se não houvesse brigas, talvez não fossemos tão unidos, talvez não nos tornaríamos esta família chamada TURMA MARA! 

Turma Mara, como defini-la? Uma turma cheia de especificidades, mesmo sendo 35 pedagogos, cada um tem suas características próprias. Se hoje eu pudesse mudar o nome da nossa turma, eu mudaria para DIAMANTES! Não pelo fato de sermos uma pedra bruta, mas, por possuirmos semelhantes características, dentre elas a DIVERSIDADE.

O diamante antes de se tornar um diamante, primeiro ele precisa ser carbono, assim é o pedagogo, antes de tornar-se tal profissional é necessário que ele seja um educando da pedagogia.

Depois esse carbono passa por um processo de cristalização para se tornar um diamante. Com o educando da pedagogia não é diferente, o mesmo também passa pelo processo de cristalização, denominado como FORMAÇÃO.

Os diamantes são formados quando seus átomos de carbono são submetidos a pressões e temperaturas elevadíssimas que ocorrem na camada litosférica da terra que se encontra a aproximadamente 150.000km abaixo da superfície do globo.

E quantas vezes cada formando aqui presente, sentiu-se como um diamante durante o processo de formação. As pressões que colocávamos em nós mesmo nos dias de seminários, de provas, principalmente nas semanas dos estágios supervisionados! Nossa! A temperatura ficava elevadíssima!

O diamante pelo seu grau de dureza é usado para diversos propósitos: cortar ferro e aço, serrar pedras, polir, moer e raspar diversos tipos de instrumentos, etc.

Quem de nós aqui, durante a nossa formação acadêmica não teve que cortar os ferros, os aços e principalmente serrar as pedras que surgiram durante a nossa caminhada? Polir, moer e raspar diversos tipos de instrumentos, principalmente aqueles que carregávamos conosco preso aos velhos ranços, aos velhos paradigmas?

Cortar e polir um diamante bruto de tamanho grande pode levar um ano. O especialista precisa de extrema paciência, arte, e nervos de aço. Cada diamante tem suas próprias peculiaridades.

E quanto a nós, será que há alguma diferença? Nossos caros professores que os digam! Afinal levamos quase quatro anos para sermos “cortados e polidos”!

Somente um diamante pode cortar outro, porque não existe substância mais dura que o diamante. Uma batida no lugar errado poderia partir o diamante em pedaços. Os diamantes  começaram a adquirir valor em função de sua extrema dureza  e também por sua incrível habilidade de refletir luz e entalhar metal.

Assim foi com cada um da turma Mara, foram formados por outros pedagogos, por que só um pedagogo saberá formar outro pedagogo. Pois uma batida num lugar errado durante a lapidação poderia perder todo o trabalho desenvolvido.

Por que consideramos esta turma um “diamante”?

Porque assim como os diamantes possuímos qualidades naturais; Somos duros e determinado (um povo que não se dobra diante das dificuldades), e inconquistável, indesistíveis na nossa profunda crença interior de que podemos transformar a nossa nação através do nosso profissionalismo por meio da educação.

Assim como um diamante é bruto e opaco quando retirado da terra, e somente após ser lavado, raspado e polido emerge o verdadeiro "diamante". Assim foi com cada um da Turma Mara. As nossas boas qualidades um dia estiveram ocultas em nosso âmago, sob uma camada de "lama" que precisava ser lavada e limpa, até que nos tornássemos esta joia preciosa que hoje somos.

Há também em cada um de nós, muita paciência, amor e brilho. Muito brilho, para fazer surgir aquilo que há de bom no outro. Só é necessário cada um de nós atingirmos o "ponto" certo.

Diferente do que se pensou durante anos, os diamantes não são eternos, pois o carbono definha com o tempo, mas os diamantes duram mais que qualquer ser humano. Conosco não será diferente, enquanto existir o ato de ensinar e aprender, o pedagogo existirá.

Gostaríamos de considerar este discurso falando que hoje, mesmo com todos esses percalços sociais,  a sociedade brasileira está ganhando novos e raros diamantes. Pois somos pedagogos e pedagogas do futuro. Não temos um passado, e sim uma história. Por isso fazemos do presente suprimento para o futuro o qual já estamos vivendo.

Muito obrigado!

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