15 de julho de 2012

Resenha do filme: O DIA DEPOIS DE AMANHÃ

FICHA TÉCNICA


TÍTULO ORIGINAL: The Day After Tomorrow
DIRETOR: Roland Emmerich
ELENCO: Dennis Quaid, Jake Gyllenhaal, Emmy Rossum, Sella Ward, Arjay Smith
PRODUÇÃO: Roland Emmerich, Mark Gordon
ROTEIRO: Roland Emmerich, Jeffrey Nachmanoff
DURAÇÃO: 124 Min
GÊNERO: Ficção Científica
STATUS: Arquivado
          Quem assistir ao filme “O dia depois de amanhã”, logo de início nas suas primeiras cenas, de imediato terá uma percepção de qual temática o filme irá trabalhar. De cara o autor denuncia a temática que será discutida ao longo do filme. É, trazendo em discussão uma realidade previsível, o qual o autor busca despertar uma maior atenção dos telespectadores para essa problemática que está passando por “despercebida” por cada um de nós que é o aquecimento global, fruto das agressões que estão sendo realizadas contra o meio ambiente através das ações inconsequentes do homem.
           Ao longo do filme podemos ver as graves consequências que podem ocorrer se não repensarmos nas nossas práticas de intervenção no meio ambiente. O autor do filme logo de cara denuncia o pouco caso das autoridades, principalmente dos países considerados como de primeiro mundo com relação às questões ambientais. Já que esses países são quem mais polui e quem mais consomem os recursos naturais de uma forma desenfreada. Pois, para Marcos Reigota (2006, p9):

“... o problema ambiental está no excessivo consumo desses recursos por uma pequena parcela da humanidade e no desperdício e produção de artigos inúteis e nefastos à qualidade de vida.”

          Uma das cenas que mais chamou a minha atenção foi a cena em que Jack o personagem principal do filme que é um climatologista, pede para que o vice-presidente tomasse medidas para evitar que a catástrofe que estava sendo prevista acontecesse. Essa cena mim fez refletir que assim não difere da vida real, a quanto tempo os ambientalista vem lutando para que as grandes potências venham entrar num acordo comum e assinar o protocolo de Kyoto, o qual busca estabelecer metas de redução da emissão de gases poluentes, incentivando a substituição dos produtos utilizados pelas industrias por outros produtos que venham provocar menos impactos no meio ambiente como todo? As grandes potências sustentavam a ideia de que assinar esse acordo não seria benéfico para a saúde da economia do país. E o que vale mais a vida econômica de um país ou a vida de toda uma humanidade?

          Outra cena que chamou bastante a minha atenção foi a cena logo no final do filme em que um dos personagens pergunta para o outro como eles ficariam, já que eles eram a única civilização existente naquele local depois dessas catástrofes, tendo agora que ir para os países subdesenvolvidos, os quais não foram atingidos pelos impactos ambientais.

          Mesmo abordando uma grande temática, o autor do filme dá alguns deslizes no desenvolvimento do enredo, uma delas quando no filme mostra que os países que menos contribuiu para a poluição não foram atingidos pelas catástrofes causadas pelo aquecimento global. Sabemos que isso é uma inverdade. Pois o aquecimento global é uma catástrofe de caráter planetária independente de quem polui mais ou de quem polui menos, de status sociais, cor, raça, cultura, religião ou gênero.

          Sendo assim, quero deixar registrado que os problemas ambientais discutidos no filme, não são problemas somente do meio ambiente, mas também de cada um de nós, pois somos parte integrante deste meio. Esses problemas não foram criados por força da própria natureza, mas pelas intervenções da natureza e das atitudes humanas.

REFERÊNCIA:
REIGOTA, Marcos. O que é educação ambiental / Marcos Reigota. São Paulo: Brasiliense, 2006.

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