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De pés descalços no processo da aprendizagem - Cláudio Aguiar
De pés descalços nos incontáveis grãos de areias, defronte à imensidão de um belo e confuso mar, com ondas gigantescas que parecem querer me afogar, caminhando eu vou ao encontro dessas ondas. Eu, no meu momento mais lúcido, pude perceber que não caminhava só, havia também outras pessoas na mesma situação, com os pés descalços, com os grãos de areias entranhados entre os seus dedos, tinha de dedos de zero a não sei quantos anos. Sabia da existência dos de zeros anos por que esses estavam sendo carregado dentro do ventre de suas respectivas mães, o porquê delas também estarem ali eu não sei, mas, sei que todos assim como eu, seguiam em direção desse imenso mar, para saciar uma tamanha sede que parece nunca acabar. Mas, isso me faz pensar, de que forma eu poderia a minha sede acabar com a água do mar?
Ao chegar à beira d’água, parecia que o tempo tinha acelerado e que tudo mudou de lugar. Por um instante parei! E pensei! Será que o mundo tinha ficado louco ou era eu quem estava louco! O mar tinha virado um rio, o rio virou um lago e o lago se transformou em uma profunda fonte de mais não sei quantos metros quadrados. Fonte esta que me trouxe a revelação do segredo de como caminhar, como falar, aonde chegar e o que buscar. Ao beber da água dessa fonte cheguei a um determinado lugar e, percebi, que descalço lá eu não poderia mais ficar. Nesse lugar o lema era capacitar, mas existiam algumas torneiras que faziam de tudo para complicar. O que fazer? Como conquistar? Já que água que eu precisava beber algumas torneiras não quis liberar?
Calcei os meus pés e continuei a caminhar, muitos calos foram surgindo, mas tinha que superar, não só os calos, mas também a dor do meu calcanhar. O tempo foi passando e os meus pés nos sapatos da vida foram se firmando, até quando eu cheguei à fábrica das torneiras que levará a água para aqueles que têm sede e continuam buscando. Não pense que é fácil, tem certos momentos que é tão complicado, neste exato momento sinto que os meus pés estão novamente fora dos sapatos. Vou resumir pra você entender, se você não entender nem me pergunte o por quê? Pois, talvez, eu esteja igualzinho a você.
“A, B, C até chegar no Z, foi assim que aprendi a dizer, é assim que eu tenho que escrever. Certo ou errado, mal dizendo ou mal falado, isso vai depender da maneira ou da situação em que você tem se colado, mas, o grande segredo é você valorizar o seu palavreado.”
Entendeu? Não? Sinto muito, não vou poder te explicar! Pois neste exato momento de pés descalços, nos incontáveis grãos de areias, defronte a um novo e complicado mar também estou a caminhar.
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