Especialização em Metodologia e Docência do Ensino Superior, Licenciado em Pedagogia, Consultor Pedagógico Independente em Educação Integral em jornada escolar ampliada na perspectiva da Formação Humana e Integral, Poeta, Escritor, Ator amador na Cia de Teatro Cena Um; Co-Fundador e Produtor Cultural do Coletivo Água da Fonte.
12 de dezembro de 2010
Nota: Cláudio Aguiar
Em breve estarei postando, mesmo pensamentos.
10 de junho de 2010
22 de maio de 2010
Pensamentos...
De pés descalços no processo da aprendizagem - Cláudio Aguiar
De pés descalços nos incontáveis grãos de areias, defronte à imensidão de um belo e confuso mar, com ondas gigantescas que parecem querer me afogar, caminhando eu vou ao encontro dessas ondas. Eu, no meu momento mais lúcido, pude perceber que não caminhava só, havia também outras pessoas na mesma situação, com os pés descalços, com os grãos de areias entranhados entre os seus dedos, tinha de dedos de zero a não sei quantos anos. Sabia da existência dos de zeros anos por que esses estavam sendo carregado dentro do ventre de suas respectivas mães, o porquê delas também estarem ali eu não sei, mas, sei que todos assim como eu, seguiam em direção desse imenso mar, para saciar uma tamanha sede que parece nunca acabar. Mas, isso me faz pensar, de que forma eu poderia a minha sede acabar com a água do mar?
Ao chegar à beira d’água, parecia que o tempo tinha acelerado e que tudo mudou de lugar. Por um instante parei! E pensei! Será que o mundo tinha ficado louco ou era eu quem estava louco! O mar tinha virado um rio, o rio virou um lago e o lago se transformou em uma profunda fonte de mais não sei quantos metros quadrados. Fonte esta que me trouxe a revelação do segredo de como caminhar, como falar, aonde chegar e o que buscar. Ao beber da água dessa fonte cheguei a um determinado lugar e, percebi, que descalço lá eu não poderia mais ficar. Nesse lugar o lema era capacitar, mas existiam algumas torneiras que faziam de tudo para complicar. O que fazer? Como conquistar? Já que água que eu precisava beber algumas torneiras não quis liberar?
Calcei os meus pés e continuei a caminhar, muitos calos foram surgindo, mas tinha que superar, não só os calos, mas também a dor do meu calcanhar. O tempo foi passando e os meus pés nos sapatos da vida foram se firmando, até quando eu cheguei à fábrica das torneiras que levará a água para aqueles que têm sede e continuam buscando. Não pense que é fácil, tem certos momentos que é tão complicado, neste exato momento sinto que os meus pés estão novamente fora dos sapatos. Vou resumir pra você entender, se você não entender nem me pergunte o por quê? Pois, talvez, eu esteja igualzinho a você.
“A, B, C até chegar no Z, foi assim que aprendi a dizer, é assim que eu tenho que escrever. Certo ou errado, mal dizendo ou mal falado, isso vai depender da maneira ou da situação em que você tem se colado, mas, o grande segredo é você valorizar o seu palavreado.”
Entendeu? Não? Sinto muito, não vou poder te explicar! Pois neste exato momento de pés descalços, nos incontáveis grãos de areias, defronte a um novo e complicado mar também estou a caminhar.
Amor Minguante.
Olha pra mim! Vejam o que a vida me tornou! Diante de ti uma simples e velha senhora, tão cansada, sem firmeza nas pernas, com os pés enfiados numa simples sandália, com um olhar sereno em direção a uma janela, observando uma simples lua minguante, que para muitos não é tão significante, agora estou.
Neste exato momento surpreendo-me com uma forte lembrança, dessas que nos fazem lembrar que muitas vezes somos tão ingênuos quanto uma criança.
Lembro-me como se fosse ontem, daquela noite serena como o olhar de um gato preto, uma noite de lua minguante, sem estrelas, porém uma linda noite, aquela noite foi a nossa primeira e inesquecível noite de amor. Com toda certeza foi uma noite verdadeira de amor.
Foram muitos encontros e desencontros, uma paixão louca que foi além dos nossos limites, dos nossos conceitos e pré-conceitos, dos nossos princípios, das nossas concepções, das grandes autoridades, foi amor de verdade, não nos importamos com a adversidade, com a desigualdade, foi amor de verdade, amor de branco com mulata, amor do senhor com a sua escrava.
Que noite linda, que noite tão bela, nós dois nos amando e olhando a lua pela janela. Teu corpo sobre meu, o meu sobre o teu, parecíamos o sol e a lua num eclipse total, entranhados um num outro estávamos, como a chave e a fechadura, nos completávamos, nos saciávamos, tão leves eram as tuas mãos que corria pelo meu corpo como uma mão corre pelas teclas de um piano. Hum! Tão leves eram, tão doce eram os teus beijos, tão doce quanto à rapadura, como eram apaixonantes os teus lindos olhos azuis. Ai olhos azuis! Olhos que não saem de mim, por que teve que terminar assim? Que noite foi aquela? Parecia não ter mais fim! E quem queria a chegada do fim? No meio de tantos abraços e amassos, de tantas juras de amor, promessas! Promessas! Promessas! Promessas que nunca se concretizou, e para lembrança dessa bela noite geramos o fruto do nosso amor. Amor, que apenas uma noite durou.
Amanheceu e o sol raiou, quando acordei, ali já não estava mais o meu amor. Apenas uma carta dizendo: “Muito obrigado por me proporcionar uma linda noite de prazer e amor, estarei de volta assim que der minha bela flor.”
Passaram-se dias! Semanas! Passaram-se meses! 4.420 semanas! Daquela linda noite de amor só restou em meus braços uma linda criança.
Amor meu, amor seu, amor pensante, amor inocente é amor minguante!
10 de abril de 2010
Peça: João e Yola
9 de abril de 2010
19 de março de 2010
Poesia Povo Brasileiro de Cláudio Aguiar
Povo Brasileiro
Brasil meu, Brasil seu, de quem por aqui passou
Terra amada idolatrada, quem foi que ti formou.
Meu caro amigo, eu ti respondo sim, sem nenhuma contradição,
Tudo começou lá na Bahia, com uma grande junção.
Branco com índio
O nativo com o invasor.
Na beira do mar ou nas matas, que a fome de quem aqui chegava, era saciada.
Foi com a beleza indígena que se deu a primeira mistura de raças,
A partir daí um novo povo se formava.
O tempo foi passando,
Terra de caboclo isso aqui foi se tornando,
Mas mesmo assim os brancos não manterão seus vícios, por debaixo do pano.
Ô Iaiá, ô Ioiô
Olha só quem vem chegando
É o navio negreiro sim senhor
Trazendo consigo na bagagem não só o peso da dor
Mas um grande povo que essa imensa terra também povoou.
Agora, negro com branco
O escravo com o seu senhor
Na casa grande ou na senzala
Com amor ou sem amor
Branquinho com negrinhas se deitou,
Começou a segunda grande mistura de raças
Mas um povo novo se formava.
Terra de caboclos, agora também de crioulos
Brasil de um povo homogêneo, agora é um povo composto.
Eu sou Brasil, eu sei quem eu sou,
Brasil meu, Brasil seu, de quem por aqui passou
Foi o índio, foi o branco, foi o negro sim senhor!
Foi por esses grandes povos que o meu corpo se formou.
Agora te pergunto meu caro amigo
Que o tempo todo me indagou
Diga-me quem és tu?
Que sobre a minha origem investigou.
Digo-te sim ó meu Brasil
Sem nenhuma restrição
Sou Caboclo, sou Sulino, sou sertanejo de coração,
Sou crioulo, sou Caipira e não tenho vergonha disso não,
Sou cada parte do seu corpo e em mim carrego o teu coração.
Sou brasileiro sim!
Sou filho dessa grande nação
Sou um povo mestiço e disso eu não abro mão.