A Educação Integral em Tempo Integral
tem tomado o palco das discussões sobre a educação na escola pública brasileira. Observando os discursos desenvolvidos acerca desta temática, uma
tem despertado minha atenção: A estrutura escolar, seja física ou humana. Essa
estrutura tanto cobrada pelos educadores em algumas escolas que oferecem esta oferta
de ensino tem sido considera como um dos grandes entraves para a consolidação da Política da educação Integral da Rede pública de Ensino, tanto na esfera municipal, quanto na esfera estadual. A charge ao lado traduz o discurso destes profissionais, mas também me
leva às seguintes indagações: Estas faltas na escola pública são oriundas da
Educação Integral em Tempo Integral? Ou são mazelas mascaradas pela escola que
hoje com uma concepção de ensino (da Educação Integral em Tempo Integral) diferenciada
não dá mais para ficar dando um jeitinho por conveniência de quem gere a
escola?
Os entraves que tem prejudicado o
andamento do trabalho, sobretudo pedagógicos nas unidades escolares não é somente
problemas da gestão escolar, como também não é somente do órgão central,
responsável pela manutenção da escola. Ambos são corresponsáveis pelo bom
funcionamento da instituição de ensino.
Se andarmos por todo Brasil,
conheceremos escolas sucateadas em virtude dá ingerência de seus gestores (digo
gestores em modo geral), como também da falta de um trabalho pedagógico da
unidade escolar que apresente como consigna de trabalho a educação patrimonial
que na sua essência propõe um trabalho educacional de conservação dos espaços
públicos, dentre eles, a escola.
HOJE NÃO TEM AULA: desde quando
não tem aula na sua escola? Não me refiro às aulas nas quais os professores
chegam com sua velha metodologia de ensino, nada estimulante, com seu velho
texto de todos os anos, mas, as aulas prazerosas, onde professor e aluno são regidos pela pedagogia do diálogo, onde ambos são corresponsáveis pela constituição do conhecimento;
NÃO TEM PROFESSOR: não tem
professor que motivem seus educandos a retornarem para a escola. No contexto educacional
que a escola pública está vivendo hoje, o mais correto é dizer não tem alunos, vale refletir sobre a queda do número de matrículas na nossa rede de ensino e nos questionarmos: O que tem gerado essa redução no número de matrículas? ;
NÃO TEM ÁGUA: verdade absoluta,
pois não temos educandos com sede de beber na fonte do conhecimento, pois elas
a cada dia estão secas e quando oferecem água a maioria delas estão salobas;
PARTE DA ESCOLA ESTÁ DESABANDO: eu
diria que toda a escola está se extinguindo, não só a rede física, mas também o
material humano. É insustentável manter uma instituição sem a contrapartida e a
conservação da mesma por parte de seus responsáveis direto;
NÃO TEM MATERIAL DIDÁTICO: vou
deixar uma dica: o Domínio Público está correndo o risco de ser fechado por
falta de acesso.
Educação Integral em Tempo
Integral é uma chamada para a ressignificação da escola, sobretudo a escola
pública, como também uma chamada para uma mudança da práxis pedagógica. Se os
atores da escola pública de Educação Integral em Tempo Integral não se despir
de seus velhos paradigmas e não compreenderem que também são corresponsáveis
pelo bom funcionamento desta, continuaremos nadando para morrer na beira da
praia.
Vale lembrar que a ampliação do tempo, da jornada escolar é um cumprimento à Lei 9394/96. Não podemos mais negar o direito de quem durante a muito tempo tiveram os seus direitos negados e/ou negligenciados.
Vale lembrar que a ampliação do tempo, da jornada escolar é um cumprimento à Lei 9394/96. Não podemos mais negar o direito de quem durante a muito tempo tiveram os seus direitos negados e/ou negligenciados.