21 de novembro de 2012


Jogue limpo na certeza do infinito
A pedra que lanças retorna
O vento que sopras derruba
Quem derruba um diacai
Jogue limpo
Num jogo de dominó ganha a dupla que calcula melhor
Por isso calcule o tempo, as horas, os passos...
Só não calcule o tamanho do meu sonho, perderás tempo
Jogue limpo
Só conquista quem se arrisca
Quem sonha, projeta e executa
Só conquista quem atira pedras no alvo certo
Derrube os gigantes
Atire pedras nos teus gigantes, não nos meus sonhos
Se tu vês os meus sonhos como gigantes
É por que os meus são maiores do que os seus
Não atire pedras, jogue limpo
Jogue limpo na certeza do infinito.







 
 


 

16 de novembro de 2012

ATÉ QUANDO GENTE?



ATÉ QUANDO GENTE?
(Cláudio de Aguiar)

A terra negra consome o meu sangue negro
Derramado nos desvaneios de uma sociedade excludente.
Desumana, terra desumana, onde pobre é tratado como se não fosse gente,
Gente de toda gente, que canta, samba, dança,
Que dança constantemente, com os direitos dessa gente,
Nas malas, nas cuecas de tantas e diferente gente,
Que todo contente, continua enganando muita gente como o frio quente do Sertão.
Até quando gente, continuaremos descontentes,
Por causa dessa diferente gente que só nos deixa com o chinelo nas mãos,
Sentado na estação pendindo a Deus em oração uma solução.
Até quandominha gente, continuaremos vendo essa gente, chamando eu , você e o nosso irmão de preto ladrão no ilustrativo vagão do metrô, do trem ou do buzão nas telas coloridas da televisão.
Até quando gente! Verei toda minha gente nesta velha democracia socioexcludente,
Onde meu povo não é visto como gente! Sentados na estação pedindo a Deus em oração uma solução.
Até quando gente, até quando minha gente?

ATÉ QUANDO GENTE?


ATÉ QUANDO GENTE?
(Cláudio de Aguiar)

A terra negra consome o meu sangue negro
Derramado nos desvaneios de uma sociedade excludente.
Desumana, terra desumana, onde pobre é tratado como se não fosse gente,
Gente de toda gente, que canta, samba, dança,
Que dança constantemente, com os direitos dessa gente,
Nas malas, nas cuecas de tantas e diferente gente,
Que todo contente, continua enganando muita gente como o frio quente do Sertão.
Até quando gente, continuaremos descontentes,
Por causa dessa diferente gente que só nos deixa com o chinelo nas mãos,
Sentado na estação pendindo a Deus em oração uma solução.
Até quando minha gente, continuaremos vendo essa gente, chamando eu , você e o nosso irmão de preto ladrão no ilustrativo vagão do metrô, do trem ou do buzão nas telas coloridas da televisão.
Até quando gente! Verei toda minha gente nesta velha democracia socioexcludente,
Onde meu povo não é visto como gente! Sentados na estação pedindo a Deus em oração uma solução.
Até quando gente, até quando minha gente?