O vento que sopra as velas dos barcos que estão em alto mar é o mesmo que anuncia nesta hora que o meu amor perto já está. Não sei de onde vem, mais sei que não é deste lugar. O vento diz que meu amor é estrangeiro e que nos teus braços devo mim lançar.
Ó mar, deixarei o vento mim levar ao encontro do meu bem, que vai mim fazer sonhar, que vai mim ensinar um novo jeito de amar, conhecerei um amor que em uma só língua não se limitará, pois o meu amor é estrangeiro, ele não é desse lugar, mas o sentimento que irá nascer entre nós será verdadeiro, por isso a língua materna não nos impedirá de amar.
Meu querido mar deve-me neste exato momento abençoar, pois acaba de desembarcar no porto do meu coração aquele que o vento acabara de anunciar, o amor estrangeiro que tão distante estava neste exato momento de mãos dadas comigo está.
Ó mar, quero despedir-me de ti, o meu amor agora devo acompanhar, grande será o oceano que irá nos afastar, mas, o mesmo vento que trouxe o meu bem fará com que venhamos novamente nos encontrar.
O vento está soprando as velas dos barcos que estão sobre o alto mar e eu sobre as nuvens do céu estou com meu bem a observar, esse mesmo vento que um dia aí no cais à beira mar venho anunciar que o meu amor é estrangeiro, mim diz que enquanto houver dia e noite, sol e mar iremos nos amar. Isso não é conto de fadas, nem rimas de sertanejos, é um amor estrangeiro gerado no solo brasileiro.
Cláudio Aguiar
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